...Penduramos as nossas harpas.
Introdução
Israel sempre foi um povo de altos e baixos, em sua vida espiritual. Havia época em que o povo estava servindo fielmente a Deus, mas havia momentos em que eles se voltavam as idolatrias e aos cultos abomináveis ao Senhor. Sendo os israelitas um povo de vida inconstante, chegou uma hora em que Deus se “cansou”, daquela situação. Na época dos reis, no reino dividido de Israel, em 716 a.C, Ezequias começou a reinar em Judá, essa é a época em que Isaias começou o seu ministério. Enquanto Ezequias reinava em Judá, Deus já tinha apenas começado a tratar com Israel permitindo que fossem levados cativo pelos assírios cujo rei era Salmanaser. Depois disso, muitos fatores desencadearam o que encontramos em Sl 137.
O Início de Tudo
Depois da morte de Ezequias, Manassés seu filho começou a reinar em seu lugar, tinha ele apenas doze anos de idade quando começou a reinar, e durante cinqüenta anos de seu reinado, houve uma horrenda apostasia religiosa, Manassés desagradou a Deus com as abominações mais terríveis possível, mas depois de tudo acabou por se converter ao Senhor, logo após a sua morte, Amom, seu filho começou a reinar em seu lugar, nessa época Isaias já não era mais vivo; Amon também desagradou ao Senhor e praticou toda sorte de impureza espiritual, até que seus próprios empregados conspirarão contra ele e o matou, o povo sabendo disso, mataram os empregados que se rebelaram, e colocaram seu filho de nome Josias, como rei.
Josias começou a reinar em Judá, nesta época, seguiu-se uma reforma religiosa em todo o reino, Jeremias, que tinha acabado de começar o seu ministério, apoiou com entusiasmo as reformas de Josias, mas começou a perceber que mesmo assim, o coração do povo não mudava, continuava obstinado, tendente a idolatria. Nessa época Israel, ainda estava cativo na Assíria. Lá no Egito, reinava um faraó chamado Neco. Um certo o rei da Assíria veio a falecer, nisso, o faraó Neco, resolveu se levantar contra a Assíria, que estava enfraquecida pela morte do rei, então Josias, rei de Judá, se levantou para impedi-lo de ir contra o que restava da Assíria, mas não teve sucesso na guerra e acabou sendo morto por faraó.
Depois disso, os filhos de Josias se seguiram no trono. Essa foi uma época de grandes dores para Jeremias, pois os reis da família de Josias, que eram Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, não cumpriam a vontade do Senhor, Jeremias profetizava contra o pecado do povo, mas estes não lhe davam ouvidos. Nessa época, mesmo Israel estando exilados pelos assírios, não deixou de viver uma vida espiritual desgraciosa e abominável ao Senhor, então, Deus permitiu que a Babilônia os levasse cativos. Judá, que ainda não tinha conhecido o cativeiro, não tirou lição do mau exemplo de Israel. Na verdade, superou a Israel na prática de impurezas sexuais, em toda sorte de idolatria agindo com infidelidade religiosa para com Deus. Assim, Deus teve de permitir, que Judá também fosse levado cativo para a Babilônia
O Cativeiro
Israel sempre foi um povo de altos e baixos, em sua vida espiritual. Havia época em que o povo estava servindo fielmente a Deus, mas havia momentos, em que eles se voltavam as idolatrias e aos cultos abomináveis ao Senhor. Sendo os israelitas um povo de vida inconstante, logo começaram a chegar as consequências de sua rebeldia. Então, Deus permitiu, que Nabucodonosor, rei babilônico, levasse cativo, o povo escolhido. Parte do povo de Israel, já estava cativo na Assíria, então, Nabucodonosor entrou na Assíria, levou o povo que estava lá, entrou em Israel e levou mais um pouco do povo, então ele entrou em Judá e levou parte do povo. Essa é poça, era o ano de 605. Quando Nabucodonosor realizou a invasão, em 605, ele levou as famílias reais, a parte mais nobre, nessa primeira leva, ele levou a Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego. 8 anos depois, ele ficou com medo do povo se erguer com um exercito contra ele, nisso ele realizou a segunda leva, onde foram os príncipes, os homens mais robustos e os artistas e lapidários, nessa leva é que foi Ezequiel. 10 anos depois ele realizou a terceira leva, já que o povo buscava refugio no Egito, nisso Nabucodonosor realizou a terceira leva, nessa leva foi Jeremias, e os mais pobres e insignificantes foram deixados na nação de Israel e Judá.
O Retrato da Babilônia
Na Babilônia, capital do império babilônico, havia muita riqueza e glória bem patentes aos olhos do povo. Nessa cidade principal, havia um magnífico pórtico ao oriente, os pórticos naquela época, eram uma cobertura, suspensa por várias colunas todas detalhadas, com um aspecto fascinante. Na frente do pórtico, passava uma avenida, conhecida como a “avenida das procissões”, um lado da avenida, ia para uma casa de festas , onde eram realizadas as festividades do festival de Ano Novo, o outro lado da avenida, passava por um grande portal conhecido como “ishtar”, e se seguia até chegar em um lindo templo que era o templo do deus Marduque.
O palácio da Babilônia era muito grande, quando Nabucodonosor subiu ao trono, ele dobrou o tamanho do palácio e construiu outro ao seu lado bem mais belo, com inúmeros terraços a sua volta, ali, naquele palácio, existiam os famosos “jardins suspensos”, que nada mais eram do que jardins construídos nas alturas, nos terraços. No meio da cidade, no centro, passava um rio, o Eufrates, que dividia a cidade de uma maneira exuberante e magnífica; e a tecnologia deles cresceram tanto com Nabucodonosor, que eles bombeavam água do rio Eufrates, para cima, nos jardins suspensos para irrigar os jardins. Quem estava em baixo, nas ruas, viam a beleza do palácio, quem estava em cima, nos jardins suspensos, via em baixo toda a beleza daquela cidade. Não é à toa que Nabucodonosor se ensoberbeceu ao olhar para sua cidade.
Diferente de outros reinos, cidade da Babilônia era cercada por muralhas duplas, entre a muralha externa e a interna, não se permitiam construções, só o muro interno, tinha a espessura de 28 metros (3 vezes mais alto do que um poste), e a altura de 112 metros (mais ou menos de uma esquina a outra, de nossas cidades). Envolta desse muro, na parte interna da cidade, estendiam se jardins, hortas e campos, uma paisagem maravilhosa. Em volta da cidade, nas muralhas, tinha 100 portas de bronze, para entrar e sair da cidade, cada porta tinha uma rua que que passava por toda a cidade, se cruzando, formando assim espécies de quarteirões, como conhecemos hoje. No meio do rio passava uma ponte que ligava as duas partes da cidade, as construções, as casas particulares, eram todas de dois, três, e quatro andares, não se via miséria naquele lugar.
Lembranças
“Junto dos rios de babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas.
Salgueiro”.
Salgueiro é o nome comum das plantas do gênero Salix, família salicacaea. Salix, procede do celta e quer dizer próximo da água. O salgueiro existe em diversos portes, desde plantas rastejantes até portes consideráveis. São características das beiras dos rios.
Estando suas harpas penduradas nos salgueiros, ficava muito difícil não ter lembranças de Israel. Os salgueiros traziam no mínimo, quatro lembranças para os cativos, o que impossibilitava entoar os hinos de Sião em terra estranha.
1. Abrigo
O salgueiro servia como abrigo ao beemote (hipopótamo). “As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam”. Jó 40:22
Olhara para o salgueiro era lembrar do abrigo que o Senhor Deus, os concedia.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Sl 91:4
2. Descanso
Do salgueiro, faziam vimes, varas moles, utilizado para fabricar cestos e móveis. Moveis que serviam de descanso ao ai de família, depois de um longo e árduo dia de trabalho. E espiritualmente falando, o descanso que eles tinham enquanto estavam servindo a Deus, era o próprio Deus, com suas bênçãos.
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Sl 91:1
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Sl 23:2
3. Cura
O salgueiro também era utilizado para fabricar a aspirina (uso medicinal, anti-inflamatório, analgésico). Olhar para o salgueiro era olhar para cura constante que o Senhor trazia as almas enfermas do povo escolhido.
Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas. Sl 147:3
4. Momentos de festa
Utilizado para construção da festa das cabanas, o salgueiro tinha um papel muito importante. Festa em que o povo se lembrava da magnitude de Deus, quando o povo residia em cabanas, tendas. Quando saíram da escravidão do Egito.
E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias.
E celebrareis esta festa ao Senhor por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis.
Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas;
Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus. Levítico 23:40-43
E celebrareis esta festa ao Senhor por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis.
Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas;
Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus. Levítico 23:40-43
E acharam escrito na lei que o SENHOR ordenara, pelo ministério de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na solenidade da festa, no sétimo mês.
Assim publicaram, e fizeram passar pregão por todas as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte, e trazei ramos de oliveiras, e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito. Ne 8:14-15
claudio martins
...Penduramos as nossas harpas.
Reviewed by Claudio Martins
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outubro 27, 2018
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